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HUESKER Srl
Piazza della Libertá 3
34132 Trieste
Italia

Muro de Grande Altura Reforçado com Geogrelhas e Face Verde Envelopada

Abstract

O trabalho apresenta um caso de obra onde foi executado um muro de contenção em solo reforçado com geogrelhas e face verde envelopada com altura máxima de 27,60 m. O dimensionamento do muro foi baseado em segurança ao colapso (estado limite último) e na previsão de deformações admissíveis (servicibilidade) de acordo com normas internacionais aplicáveis. Com o objetivo de se obter pequenas deformações pós-construtivas foram utilizadas geogrelhas de PVA (poliálcool vinílico) com alto módulo de rigidez e baixa fluência.

Adicionalmente a compactação foi executada com alta energia para induzir a mobilização de parte das tensões nos reforços quando da sua instalação. Foram utilizados reforços principais com espaçamento vertical de 1,80 m e comprimentos variando de 12 a 17 m, intercalados por reforços secundários com espaçamento vertical de 0,60 m e comprimento de 5 m.

Conclusion

Otrabalho apresenta a aplicação da técnica de solo reforçado com geogrelhas e face verde envelopada em um muro encaixado em um vale

com altura máxima de 27,60 m onde, além da garantia da segurança em relação à ruptura, as características relacionadas à estética e às deformações máximas admissíveis são importantes. Adotaram-se na fase de projeto os conceitos de “servicibilidade” da obra em relação às deformações previstas nas fases de compactação, final da obra e vida útil prevista de 60 anos.

São apresentados os procedimentos utilizados para o dimensionamento externo, o dimensionamento interno e a previsão de deformações durante as fases de execução e longo prazo do muro. Para que estas análises sejam possíveis é necessário que os materiais utilizados como reforço e o solo sejam previamente conhecidos ou especificados, bem como a energia de compactação a ser utilizada. Para que seja possível fazer a previsão das deformações é imprescindível o conhecimento das curvas tensão-deformação das geogrelhas bem como o seu comportamento ao longo do tempo (fluência). Nesta obra foi utilizado solo residual areno-siltoso proveniente de escavações realizadas na área da obra compactada na umidade ótima com rolo tipo pé de- carneiro e energia mínima de 98% do proctor normal.

Os resultados das análises e da obra em si demonstram que a utilização de geogrelhas de alta resistência à tração, alto módulo de rigidez e baixa fluência, aliadas a uma compactação com energia próxima ao Proctor Normal, resultam em muros muito pouco deformáveis para este tipo de solo, que atendem aos requisitos de aspecto estético e funcionalidade, além da segurança ao colapso. Os reforços foram calculados pelo método de Ehrlich e Mitchel (1994) e os alongamentos máximos nos reforços foram verificados com base nos limites especificados na norma britânica BS 8006 para encontros de viadutos e pontes. É apresentada ainda uma seção transversal do muro com detalhes de drenagem na base, tardoz e na face do muro.